Os Olhos da Morte
de Martins FontesUma luz qualquer, durante o dia,
Que, às vezes, fica, por descuido, acesa,
Causa-nos mal-estar…
Martins Fontes, por vezes creditada como Livraria Martins Fontes Editora – LMFE, foi uma editora brasileira, a qual contava também com uma rede de livrarias.
Após ter inaugurado a Livraria Martins Fontes em Santos em 1960, Waldir Martins Fontes (1934-2000) fundou, no início da década de 1970, a Editora Martins Fontes na cidade de São Paulo. Com a morte de Waldir, a editora passou a ser administrada por Evandro M. Martins Fontes e Alexandre Martins Fontes, herdeiros do fundador. Sua sócia majoritária passou a ser a viúva Norma Martins Fontes, que veio a falecer em 23 de julho de 2018.
Em novembro de 2000, Evandro, filho mais novo de Waldir, criou um departamento editorial independente, o qual chamou de “selo Martins”,em homenagem à Livraria Martins Editora (1937-1974), fundada por José de Barros Martins, editor que ajudou a construir a história do livro no Brasil.
Nos anos 2000, foram criadas duas novas empresas, que passaram a dar continuidade ao projeto editorial da Martins Fontes: o antigo selo editorial Martins passou a ser uma nova casa editorial, a “Martins Fontes – selo Martins”, inicialmente também chamada Martins Editora’, de Evandro (2005); por sua vez, Alexandre, filho mais velho de Waldir, fundou a Editora WMF Martins Fontes (2009).
Notar que o também santista José Martins Fontes (1884-1937), médico e poeta brasileiro, e sua respectiva família não têm absolutamente nada a ver com a editora Editora Martins Fontes brasileira, segundo seu biógrafo, Rui Calisto, o qual, aliás, é proprietário da Editora Martins Fontes Portugal, sem relação com a empresa brasileira.
Uma luz qualquer, durante o dia,
Que, às vezes, fica, por descuido, acesa,
Causa-nos mal-estar…
Mas quem é
Que não se abrasa de esperança e fé,
Ante esta voz que o sonho acordará?
Adeus! Adeus! É o fim da Mocidade!
Nunca mais! Nunca mais! E era tão linda!
O povo és tu, sou eu: nós somos povo.
E bendigamos a perfeita graça
De pertencer à multidão
Mas por ela sofreste em teu amor.
Sem ter consolo a mágoa que sentiste,
Ficaste, poeta, para sempre, triste…