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Lágrima!

de

Ó lágrima nitente de Maria
Estrela d’alva a cintilar tremente,
És a divina lágrima d’um crente
Na fervorosa prece da agonia.

Rolas de olhos trêmula e fremente
Celestial, misteriosa e fria,
Caias talvez na pétala sombria
Dum olímpico lírio alvinitente.

É tão divina, mística e singela…
Parece feita de luar ou neve
Ou do estilhaço duma branca estrela,

Na flor silvestre de celeste alvura
A pequenina lágrima tão breve
Se congelara para sempre pura!…

postado por em 30-07-2008