Lágrima!
de Ernâni RosasÓ lágrima nitente de Maria
Estrela d’alva a cintilar tremente,
És a divina lágrima d’um crente
Na fervorosa prece da agonia.
Rolas de olhos trêmula e fremente
Celestial, misteriosa e fria,
Caias talvez na pétala sombria
Dum olímpico lírio alvinitente.
É tão divina, mística e singela…
Parece feita de luar ou neve
Ou do estilhaço duma branca estrela,
Na flor silvestre de celeste alvura
A pequenina lágrima tão breve
Se congelara para sempre pura!…
postado por Ederson Peka em 30-07-2008