A Um Poeta
de Antero de QuentalTu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares…
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera um só aceno…
Escuta! é a grande voz das multidões
São teus irmãos, que se erguem! são canções…
Mas de guerra… e são vozes a rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
postado por Ederson Peka em 03-01-2007