A Rua dos Cataventos ( XXII )
de Mário QuintanaVontade de escrever quatorze versos…
Pobre do Poeta!… É só pra disfarçar…
Andam por tudo signos diversos
Impossíveis da gente decifrar.
Quem sabe lá que estranhos universos
Que navios começaram a afundar…
Olha! os meus dedos, no nevoeiro imersos,
Diluíram-se… Escusado navegar!
Barca perdida que não sabe o porto,
Carregada de cântaros vazios…
Oh! dá-me a tua mão, Amigo Morto!
Que procuravas, solitário e triste?
Vamos andando entre os nevoeiros frios…
Vamos andando… Nada mais existe!…
postado por Ederson Peka em 16-04-2015