Romantismo
de Cecília MeirelesQuem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!…
Quem tivesse um amor – longe, certo e impossível –
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado…
Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria…
Ah! Quem tivesse… (Mas quem tem? Quem teria?)
postado por Diego Eis em 29-04-2003