Esta República
de Bastos TigreÉ certo que a República vai torta;
Ninguém nega a duríssima verdade.
Da pátria o seio a corrupção invade
E a lei, de há muito tempo, é letra morta.
A quem sinta altivez, força e vontade
Ficou trancada do Poder a porta:
Mas felizmente a vida nos conforta
De esperança, uma dúbia claridade.
Porque (ninguém se iluda), “isto” que assim
A pobre Pátria fere, ultraja e explora,
Jamais o sonho foi de Benjamin.
Os motivos do mal não são mistério:
– É que a gentinha que governa agora
É o rebotalho que sobrou do Império.
postado por Ederson Peka em 19-05-2007