Último Credo
Como ama o homem adúltero o adultérioE o ébrio a garrafa tóxica de rum,Amo o coveiro – este ladrão comumQue arrasta a gente para o cemitério! É o transcendentalíssimo mistério!É o “nous”, é o “pneuma”,… Último Credo
Como ama o homem adúltero o adultérioE o ébrio a garrafa tóxica de rum,Amo o coveiro – este ladrão comumQue arrasta a gente para o cemitério! É o transcendentalíssimo mistério!É o “nous”, é o “pneuma”,… Último Credo
Misericordiosíssimo carneiroEsquartejado, a maldição de PioDécimo caia em teu algoz sombrioE em todo aquele que for seu herdeiro! Maldito seja o mercador vadioQue te vender as carnes por dinheiro,Pois, tua lã aquece o mundo inteiroE… A um Carneiro Morto
Eu e o esqueleto esquálido de EsquiloViajávamos, com uma ânsia sibarita,Por toda a pró-dinâmica infinita,Na inconsciência de um zoófito tranqüilo. A verdade espantosa do “Protilo”Me aterrava, mas dentro da alma aflitaVia Deus – essa mônada… Sonho de um Monista
Não enterres, coveiro, o meu Passado,Tem pena dessas cinzas que ficaram;Eu vivo dessas crenças que passaram,E quero sempre tê-las ao meu lado! Não, não quero o meu sonho sepultadoNo cemitério da Desilusão,Que não se enterra… Tempos Idos
O sonho, a crença e o amor, sendo a risonhaSantíssima Trindade da Ventura,Pode ser venturosa a criaturaQue não crê, que não ama e que não sonha?! Pois a alma acostumada a ser tristonhaPode achar por… Soneto do Sonho
Bem depressa sumiu-se a vaporosaNuvem de amores, de ilusões tão bela;O brilho se apagou daquela estrelaQue a vida lhe tornava venturosa! Sombras que passam, sombras cor-de-rosa– Todas se foram num festivo bando,Fugazes sonhos, gárrulos voando–… Abandonada
Conheci-o: era um padre, um desses santosSacerdotes da Fé de crença pura,Da sua fala na eternal doçuraFalava o coração. Quantos, oh! Quantos Ouviram dele frases de canduraQue d’infelizes enxugavam prantos!E como alegres não ficaram tantosCorações… Amor e religião
A queda do teu lírico arrabilDe um sentimento português ignotoLembra Lisboa, bela como um brinco,Que um dia no ano trágico de milE setecentos e cincoenta e cinco,Foi abalada por um terremoto! A água quieta do… Duas estrofes
Dor, saúde dos seres que se fanam,Riqueza da alma, psíquico tesouro,Alegria das glândulas do choroDe onde todas as lágrimas emanam… És suprema! Os meus átomos se ufanamDe pertencer-te, oh! Dor, ancoradouroDos desgraçados, sol do cérebro,… Hino à dor
E eu disse – Vai-te, estrela do Passado!Esconde-te no Azul da Imensidade,Lá onde nunca chegue esta saudade,– A sombra deste afeto estiolado. Disse, e a estrela foi p’ra o Céu subindo,Minh’alma que de longe a… A minha estrela
Mario Quintana, um dos poetas mais queridos do Brasil, é conhecido por sua simplicidade e profundidade. Abaixo estão 7 de seus poemas que capturam a essência de sua obra. 1. Os Poemas Os poemas são… 7 Poemas de Mario Quintana