A Flor do Cárcere
Nascera ali – no limo viridenteDos muros da prisão – como uma esmolaDa natureza a um coração que estiola –Aquela flor imaculada e olente… E ele que fôra um bruto, e vil descrente,Quanta vez, numa… A Flor do Cárcere
Nascera ali – no limo viridenteDos muros da prisão – como uma esmolaDa natureza a um coração que estiola –Aquela flor imaculada e olente… E ele que fôra um bruto, e vil descrente,Quanta vez, numa… A Flor do Cárcere
Quem volta da região assustadoraDe onde eu venho, revendo, inda na mente,Muitas cenas do drama comoventeDe guerra despiedada e aterradora, Certo não pode ter uma sonoraEstrofe ou canto ou ditirambo ardenteQue possa figurar dignamenteEm vosso… Página Vazia
Acabo de estudar – da ciência fria e vã,O gelo, o gelo atroz me gela ainda a mente,Acabo de arrancar a fronte minha ardenteDas páginas cruéis de um livro de Bertrand. Bem triste e bem… Amor Algébrico
Ausente, pensativo, solitário,como se vos tivera ali presentedou e tomo as razões ousadamentefirme em amor, em pensamento vário. Quando venho ante vós com temeráriofervor renovo n’alma juntamentequantos cuidados tive estando ausente,que tudo em tal aperto… Ausente, Pensativo, Solitário
O meu amigo mais íntimo é o sujeito que vejo todas as manhãs no espelho do quarto de banho, à hora onírica em que passo pelo rosto o aparelho de barbear. Estabelecemos diálogos mudos, numa… Autobiografia: Solo de Clarineta – Memórias (1º volume) 1973
On This Wondrous Sea On this wondrous sea, Sailing silently, Ho! Pilot, ho! Knowest thou the shore Where no breakers roar Where the storm is o’er? In the peaceful west Many sails at rest, The… On This Wondrous Sea
Nunca perdi mais de duas vezes,E foi onde a relva floresceu.Duas vezes parei mendigaDiante da porta de Deus! Os anjos, duas vezes descendoReembolsaram minha escassez.Arrombador, banqueiro, Pai!Estou pobre mais uma vez!
Do fundo do salão vem-me o seu pranto sobre-humano,como do fundo irreal de um desespero hoje olvidado:dir-se-ia que estes sons têm um tom de ouro avioletado;há um anjo a desfolhar lírios de sombra sobre o… Chopin: Prelúdio Nº 4
Suspensos nos salões dos tetos decorados,Que de arabescos orna o gesso alvinitente,Ó lustres de cristal, enganadoramenteAo mesmo tempo sois sonoros e calados. Pesados, emprestais, no entanto, à pompa ambiente,Onde há ricos painéis entre florões doirados,A… Aos Lustres
Poemas e cançõesA Deus sejam escritosPor todos os peritos a quem concedeu os donsCom toda maestria e ardente sentimentoEm verso, em instrumento, a pena, em cantoriaProclamem com beleza a Sua criaçãoOs feitos de Sua mão,… Poemas e Canções