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Romantismo

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Seremos ainda românticos
e entraremos na densa mata,
em busca de flores de prata,
de aéreos, invisíveis cânticos.

Nas pedras, à sombra, sentados,
respiraremos a frescura
dos verdes reinos encantados
das lianas e da fonte pura.

E tão românticos seremos,
de tão magoado romantismo,
que as folhas dos galhos supremos
que se desprenderem do abismo

pousarão na nossa memória
– secas borboletas caídas –
e choraremos sua história,
resumo de todas as vidas.

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