Água eu quisera ser, – pela alegria
de te dar a beber meu próprio ser,
por tua sede, que eu não mataria,
– para molhar teus lábios por prazer…
Vento eu quisera ser, – e à noite, iria
adormecida, te surpreender
ressonando em teu leito, e então seria
o ar que precisas pra poder viver!
Fogo eu quisera ser, – e em rubras chamas
num delírio de amor, toda, abrasar-te,
para ter a certeza de que me amas…
Depois, para possuir-te, de verdade,
terra eu quisera ser!… E disputar-te
ciumento, à morte, pela eternidade!