Tudo tão vago… Sei que havia um rio…
Um choro aflito… Alguém cantou, no entanto…
E ao monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu…
O Menino dormia… Mas o canto
Natural como as águas prosseguiu…
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto…
E era a voz que eu ouvi em pequenino…
E era Maria, junto à correnteza,
Lavando as roupas de Jesus Menino…
Eras tu… que ao me ver neste abandono,
Daí do Céu cantavas com certeza
Para embalar inda uma vez meu sono!…