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Velho Estilo

de

Coisa que passas, como é teu nome?
De que inconstância foste gerada?
Abri meus braços para alcançar-te:
fechei meus braços, - não tinha nada!

De ti só resta o que se consome.
Vais para a morte? Vais para a vida?
Tua presença nalguma parte
É já sinal da tua partida.

E eu disse a todos desse teu fado,
Para esquecerem do teu chamamento,
Saberem que eras constituída
Da errante essência da água e do vento.

Todos quiseram ter-te, malgrado,
Prenúncios tantos, tantas ameaças,
Grande, adorada desconhecida,
Como é teu nome, coisa que passas?

Pisando terras e firmamento,
Com um ar de exausta gente dormida,
Abandonaram termos tranqüilos,
Portas abertas, áreas da vida.

E eu, que anunciei o acontecimento,
Fui atrás deles, com insegurança,
Dizendo que ia por dissuadi-los,
Mas tendo a sua mesma esperança.

No ardente nível dessa experiência,
Sem rogo, lágrima, nem protesto,
Tudo se apaga, preso em sigilos:
Mas no desenho do último gesto,

Há mãos de amor para a tua ausência.
E esse é o vestígio que não se some:
Resto de todos, teu próprio resto.
- Coisa que passas, como é teu nome?

Agora tô em dúvida... Alguns dizem que o dia da Poesia foi dia 14, outros dizem que vai ser dia 21, outros dizem que dia 14 é o dia nacional e dia 21 o dia internacional da Poesia.

Sendo assim, seja como for, feliz semana da Poesia! :-)

postado por em 18-03-2003