Último Vestígio
de José Guilherme de Araújo JorgeTu deves te lembrar: aquela casa antiga
entre o verde bambual e a frondosa mangueira,
a varanda, a esconder-se sob a trepadeira,
e o riacho a marulhar sua velha cantiga…
As flores… o jardim… a estrada: uma alva esteira
onde nós a sonhar andamos sem fadiga
olhando para o céu, – tudo isso, minha amiga,
mudou… A nossa vida é mesmo passageira…
As paisagens de outrora, estranhos transformaram:
– o jardim… o bambual… a estrada, e até nem sei
se as águas do regato os anos não pararam…
Uma cousa porém, existe, eu vi depois:
– é aquele coração com os nomes que eu gravei
no tronco da mangueira a relembrar nós dois!…
postado por Ederson Peka em 14-08-2008