Último Credo
de Augusto dos AnjosComo ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro – este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!
É o transcendentalíssimo mistério!
É o “nous”, é o “pneuma”, é o “ego sum qui sum”,
É a morte, é esse danado número “Um”
Que matou Cristo e que matou Tibério!
Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui…
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular eu que ontem fui!
postado por Ederson Peka em 20-03-2011