Não Passou
de Carlos Drummond de AndradePassou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
Ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
postado por Diego Eis em 02-05-2005