As estrelas
de Olavo Bilacuma divina música serena
Ó breve deusa de silêncio
que na face da noite corres
como a dor pelo pensamento
É estranho que, depois de morto,
rompidos os esteios da alma
e descaminhado o corpo,
homem, tenhas reino mais alto.
São de náufragos mil estes acentos,
Estes gemidos, este aiar insano...
Seus gestos são os mesmos
gestos de outras datas,
dentro de outras raças,
longe, noutros templos.
Os barcos nesta noite não arquejam,
são mudos na verdade do silêncio.
E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Ultima a receber o adeus do dia,
Primeira a ter a bênção das estrelas!
Quanta vez o que resta é essa frágil chave
perdida na algibeira da infância