A Rua dos Cataventos ( XXXII )
de Mário Quintana(a Pedro Wayne)
Nem sabes como foi aquele dia…
Uma reunião em suma tão vulgar!
Tu caíste em estado de poesia
Quando o Sr. Prefeito ia falar…
O mal sagrado! Que remédio havia?!
E como para nunca mais voltar,
Lá te foste na tarde de elegia,
Por essas ruas a perambular.
Paraste enfim junto a um salgueiro doente,
Um salgueiro que espiava sobre o rio
A primeira estrelinha… E, longamente,
Também ficaste à espera (quanta ânsia!)…
Mas a estrelinha, como um sonho, abriu,
Longe, no céu azul da tua infância!
postado por Ederson Peka em 16-09-2015