A Rua dos Cataventos ( XI )
de Mário Quintana(à maneira de Antônio Nobre)
Contigo fiz, ainda em menininho,
Todo o meu Curso d’Alma… E desde cedo
Aprendi a sofrer devagarinho,
A guardar meu amor como um segredo…
Nas minhas chagas vinhas pôr o dedo
E eu era o Triste, o Doido, o Pobrezinho!
Amava, à noite, as Luas de bruxedo,
Chamava o Pôr-de-Sol de Meu Padrinho…
Anto querido, esse teu livro “Só”
Encheu de luar a minha infância triste!
E ninguém mais há de ficar tão só:
Sofreste a nossa dor, como Jesus…
E nesta Costa d’África surgiste
Para ajudar-nos a levar a Cruz!…
postado por Ederson Peka em 01-10-2014