Lá quando a Tua voz deu ser ao nada
de BocageSe um Deus fulmina os erros da ternura,
Uma lágrima só Lhe apaga o raio.
postado por Célia de Lima em 31-05-2008
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Se um Deus fulmina os erros da ternura,
Uma lágrima só Lhe apaga o raio.
Mas por ela sofreste em teu amor.
Sem ter consolo a mágoa que sentiste,
Ficaste, poeta, para sempre, triste…
Quero ser o cristalino fio d’água…
(...)Esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
As almas são incomunicáveis.
O silêncio por tudo…
Apenas, alta noite, uma sombra de leve
Agita-se a tremer nas trevas de veludo…
Sonhar é acordar-se para dentro:
(...)Mais claro e fino do que as finas pratas
o som da tua voz deliciava…