Poesia Matemática
de Millôr FernandesUm Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
postado por Ederson Peka em 15-09-2004
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Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Há na memória um rio onde navegam
Os barcos da infância, em arcadas
De ramos inquietos que despregam
Sobre as águas as folhas recurvadas.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.