x

Pezinhos

de

Pezinhos de criança
azulados de frio
Como os vêem e não os cobrem,
Deus meu!

Pezinhos feridos
pelas pedras todas,
ultrajados de neves
e lodos!

O homem cego ignora
que por onde passais,
uma flor de luz viva
deixais;

Que ali, onde colocais
a plantinha sangrante,
o narco nasce mais
perfumado.

Sede, posto que marchais
pelos caminhos retos,
heroicos como sois
perfeitos.

Pezinhos de criança,
duas joinhas sofridas,
como passam sem ver
as pessoas!

Tradução de Maria Teresa Almeida Pina

Fonte: Poesia Latina

postado por em 14-06-2008