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Sei Rir-me

de

Arda de raiva contra mim a intriga,
Morra de dor a inveja insaciável;
Destile seu veneno detestável
A vil calúnia, pérfida, inimiga.

Una-se todo em traiçoeira liga
Contra mim só o mundo miserável;
Alimente por mim ódio entranhável
O coração da terra que me abriga.

Sei rir-me da vaidade dos humanos;
Sei desprezar um nome não preciso;
Sei insultar uns cálculos insanos.

Durmo feliz sobre o suave riso
De uns lábios de mulher, gentis, ufanos;
E o mais que os homens dão, desprezo e piso.

postado por em 08-09-2006