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A Rua dos Cataventos ( XXIX )

de

(para o Sebastião)

Olha! Eu folheio o nosso Livro Santo...
Lembras-te? O "Só"! Que vida, aquela vida...
Vivíamos os dois na Torre de Anto...
Torre tão alta... em pleno azul erguida!...

O resto, que importava?... E no entretanto
Tu deixaste a leitura interrompida...
E em vão, nos versos que tu lias tanto,
Inda procuro a tua voz perdida...

E continuo a ler, nessa ilusão
De que talvez me estejas escutando...
Porém tu dormes... Que dormir profundo!

E os pobres versos do Anto lá se vão...
Um por um... como folhas... despencando...
Sobre as águas tristonhas do Outro Mundo...

postado por em 01-08-2015